EVELYN DE MORGAN

EVELYN DE MORGAN

segunda-feira, 31 de março de 2008

VIVER O PARADOXO

Vivemos um paradoxo. A vida abre caminhos que levam

a lugar nenhum... o que alcança algum significado é

apenas o caminhar. A possibilidade de escolha se abre,

mas independente de qual seja, o fim da estrada é sempre

o mesmo. Mesmo que sigamos por caminhos alienantes,

distraídos de tudo, perdidos na superficialidade das

coisas, ou se por outro lado, optemos para obter um

esclarecimento contínuo, o fim do caminho é exatamente

o mesmo para todos: a mortalidade a esperar no horizonte.

Embora a alienação seja indissociada da estrutura

ideológica, ela não deve conduzir necessariamente à

descrença acentuada nos significados. Por isso a

escolha em direção à trilha do discernimento

expandido, nos faz ver que mesmo sendo o fim

inevitável, podemos chegar à linha do horizonte

final de forma produtiva: empenhados em refletir

e estar em estado de atenção para tudo aquilo

que se vive.

YEDRA

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