EVELYN DE MORGAN

EVELYN DE MORGAN

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

OS BONS E OS MAUS

A humanidade não deve ser separada entre bons e maus.

Esse dualismo conduz à discriminação, porque os bons

olharão os maus com superioridade, e os maus olharão

os bons com náusea. O que existe em cada ser humano é

uma mistura de bem e de mal; o mal prevalecendo quando

o bem é negligenciado. O que se altera e se intercala são

os atos dentro dessas duas condições. Ocorre dialética,

e não dualismo. O ser humano é dialético: vive a contradição

entre o bem e o mal durante toda a sua existência, através

de suas escolhas. Ele desafia a si mesmo. Tem potencial

para a grandeza e para o trágico. Sartre dizia que o homem

"está condenado a ser livre" - porque ele está condenado

a superar-se. Através da qualidade oposta, ele supera um

defeito. Pura dialética. Assim, ele consegue extrair liberdade

da dependência, audácia da timidez, entusiasmo do silêncio,

criatividade da inércia e extrair vida superando o tédio.

(YEDRA)

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