Viver preso ao passado pode ser uma forma
dolorosa de povoar o presente de rancores e
mágoas. Assim como instalar-se idilicamente no
futuro, é viver sobre hipóteses provavelmente
irrealizáveis. Então por quê não aprendemos a
viver no presente? Talvez porque viver no presente
exija concentração e somos dispersivos. Ou talvez
porque para viver o presente teríamos que ser
racionais e práticos, e somos afetivos e nostálgicos.
O presente nos intimida porque temos que ser
rápidos, temos que efetuar escolhas, apostar,
correr riscos... O que se viveu pode nos ajudar,
como também pode nos confundir nas decisões
presentes. O futuro não existe como tempo: não
passa de um ponto de interrogação contemplando
as reticências do passado. Quem sabe não seja por
causa de tudo isso que não saibamos viver com
alegria o tempo presente... O presente é o tempo
definitivo, onde se realizam as escolhas, que serão
ao mesmo tempo passado e futuro. O presente é
a nossa tragédia.
YEDRA
EVELYN DE MORGAN
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
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