Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever;
examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos
de sua alma;
confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever?
Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:
"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda.
Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta
severa por um forte e simples "sou",
então construa a sua vida de acordo com esta necessidade.
Sua vida, até em sua hora mais
indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho
de tal pressão.
Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse
o primeiro homem,
a dizer o que vê, vive, ama e perde. (...)
RAINER MARIA RILKE
EVELYN DE MORGAN
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário